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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mamografia na radiologia

A mamografia é um exame fundamental para avaliação das mamas. Partindo do pressuposto de que tanto homens como mulheres podem desenvolver um câncer de mama, o exame torna um imperativo na prevenção a este tipo de doença. Por outro lado o exame de mamografia é considerado o mais eficaz método de diagnóstico para detecção de câncer de mama, e quando mais cedo é detectado, retirando o tumor em sua fase inicial e recebendo um tratamento eficiente pode garantir uma redução considerada na mortalidade por este tipo de patologia. Segundo a enfermeira Gilze Maria Costa Francisco, 42 anos, fundadora do Instituo Neo Mama, que teve câncer de mama:
"Descobri o câncer de mama aos 38 anos, fazendo o auto-exame em casa. (...) tinha certeza do diagnóstico e procurei o meu ginecologista no dia seguinte. Ele achou que fosse exagero, mas a mamografia indicou uma biópsia e logo em seguida comecei o tratamento”. (Maria, 2010)
A mamografia é produzida por um aparelho de raio X, chamado mamógrafo, desde o seu surgimento até os dias de hoje evoluiu bastante, aperfeiçoando ainda mais os métodos de processamento de imagem e garantindo um diagnóstico ainda mais preciso. Os mais recente avanço da mamografia é a mamografia digital que mesmo usando o método semelhante ao do raio x convencional consegue produzir uma imagem muito superior aquelas obtidas anteriormente, além de outros benefícios, como tempo para obtenção do diagnóstico entre outras vantagens. “As imagens digitais são visualizadas nos monitores imediatamente após a exposição, permitindo que o radiologista faça o laudo do exame diretamente de sua estação de trabalho, antes mesmo da paciente sair da sala.” (Press à Porter, 2008).
Outro aspecto importante é o que diz respeito aos procedimentos na realização do exame, entre vários podemos destacar o controle e a observação da radiação recebida pelo paciente durante os exames, sempre observando as normas do CNEM – Conselho Nacional Energia Nuclear, no tocante aos limites de dose que devem ser administradas nos pacientes e mais especificamente o principio ALARA que defende que toda dose aplicada deve ser justificada pelos seus benefícios. Nos exames de mamografia a radiação absorvida é sempre alta, devido à densidade da mama, podendo se diferenciar pelo tamanho da mesma, idade do paciente e a forma de compressão que podem representar uma redução ou não da dose recebida. Como a mama é muito sensível ao desenvolvimento do câncer, o exame torna-se indispensável para detectar, precocemente, esse tipo de patologia e garantir uma maior possibilidade de cura.
“O órgão do corpo humano mais sensível aos efeitos cancerígenos da radiação é a mama”, diz o Dr. John McDougall, diretor clínico do Hospital Santa Helena, em Deer Park, Califórnia. “É ainda mais sensível do que a medula óssea, o pulmão ou a tireóide”. (Hunt, 1991)
O tempo médio de duplicação de uma célula cancerosa é de cem dias. Depois de cem dias tem, portanto duas células, após duzentos, quatro células, e assim por diante. Desta forma os exames preventivos são sempre muito importantes, antes mesmo de passar por exames de mamografia é importante que use de outros meios para preventivos que garanta o bom funcionamento fisiológico de seu corpo. Portanto o exame pode contribuir muito para detectar um câncer em sua fase inicial, nódulos benignos ou malignos e micro calcificações.
No entanto, a consciência ainda é a maior aliada, no sentido de prevenir ou remediar o mais precocemente possível este tipo de patologia, pois quanto mais cedo se detecte, maiores serão as possibilidades de obter sucesso no tratamento. Assim, é fundamental que realizar os exames periódicos capazes de detectar alguma alteração em nosso organismo, como garantia de prevenir muito antes do que remediar. Não basta também só fazer exames, é preciso mudar hábitos e comportamentos frente a tudo que possa levar mais rapidamente ao desenvolvimento uma patologia ou até mesmo a morte. O exame de mamografia, portanto representa uma contribuição fundamental para redução da mortalidade por câncer de mama.

REFERÊNCIAS:
http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI185094-EI1510,00.html – texto de Gilza Maria Costa Francisco. Fundadora do instituto neo mama de prevenção e combate ao câncer de mama. Disponível em 22 de março de 2011.
http://www.pressaporter.com.br/pressaporter/show.aspx?id_materia=8393&id_canalpai=0&id_canal=383 – Texto 2008, Press à Porter. Disponível em 22 de março de 2011.
www.taps.org.br/paginas/cancerarti07.html - texto de East-West Journal, 1991. Diana Hunt é formada em tecnologia radiológica pela Universidade da Califórnia, UCLA. Disponível em 22 de março de 2011.
http://www.cnen.gov.br/ - normas e procedimentos de proteção radiológica. Disponível em 22 de março de 2011.