Pesquisar este blog

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O SONHO DA CRIANÇA É SER SEMELHANTE A SEUS PAIS

A tendência natural de uma criança é tornar-se aquilo que os adultos esperam dela. Assim as atitudes são diversas e não segue a mesma sistematica ultilizada pelos adultos, mas esta sempre relacionada com as influências de seu ambiente. Se nosso modo de falar aos filhos é dizendo: que são capazes, que são eficientes, que sabem, que é possível, eles terminam guardando dentro de si estas palavras e acabam cultivando esses sentimentos. Eles acabam gostando daquilo que também gostamos, e se interessando por tudo que esteja de alguma forma ligado aqueles valores que fora conquistado junto da familia e da sociedade.
Não é bom quando os filhos não tem idéias certas de si mesmos. Vivem esperando e executando as ordens que lhe são dadas. Agem por pressão, por obrigação, para cumprir tarefas.
A nossa alegria encantam nossos filhos. Encantam também os valores, como honestidade, sinceridade, discernimento entre o que é certo e errado, eles anseiam em ter os mesmos sentimentos. Outra atitude importante é mostrar interesse pelo que os filhos fazem na escola e fora dela. Pois os pais ainda devem significar a maior baliza para seus filhos e suas considerações sobre o que o filho aprendeu é fundamental para que continuem avançando e crescendo dignamente.
O lar deve ser um ambiente de confiança, onde a sinceridade seja uma necessidade para promoção do bem-estar de todos, onde não haja esconderijos e todos possam se sentir valorizados. Por outro lado não podemos viver reclamando as angustias da vida, temos que fazer o possível para que nossos filhos aprendam a gostar da vida e trabalhem cada dia para que o dia seguinte seja melhor. É feliz o filho que olha seus pais de forma orgulhosa, pois algo de importante ficou registrado em sua vida através experiência familiar.
Uma famila feliz não quer significar que não tenha problemas, uma familia feliz não é aquela que nunca falha, mas aquela que faz das falhas um verdadeiro aprendizado para não repetir o mesmos erros, é aquela que sabe reconhecer quando errou porque entende que pra o erro só existe uma saída, a correção e unidos podem superar mais rapidamente suas falhas. Portanto num ambiente onde todos se amam e querem o bem de todos é necessário perdoar muito e apoiar-se mutualmente na superação das angustias e sofrimentos. A nota baixa de seu filho não deve ser meio de constrangimento para o mesmo, deve ser compreendida como um alerta a falta de apoio da familia, entre outros fatores a serem analisados, de modo que identificando-os possam ser remédiados.
Quem ama cuida, mas é preciso saber até onde estamos cuidando ou cerceando a liberdade de nossos filhos e das pessoas que amamos. Amar é sobretudo dar liberdade, dar confiança, é promover outro para mundo, fazendo com que aprenda a viver no mundo, mesmo que istó possa significar um risco, mesmo que seja doloroso para nós compreender istó é preciso deixar que o outro seja. Istó pode significar um risco, mas é um risco necessário que todos tem que enfrentar, é o risco da existência.
Portanto o ser criança precisa do ser pai e mãe, não para definir a sua felicidade, mas para ser feliz diante daquilo que os pais significa pra ele, no orgulho e desejo de repetir os grandes feitos dos pais. O pai não precisa ser um super herói pra educar seus filhos e faze-los felizes, precisa tão somente amar muito seus filhos, perdoar, e sobretudo ajuda-los nos momentos de dificuldades. Desta forma os pais serão espelhos, e produzirão nos filhos as melhores imagens, despertando nos filhos o desejo de repetir as ações de seus pais e de alguma forma assemelhar-se a eles.

Antonio Duarte

ENSINO MÉDIO: PIOR ETAPA DA EDUCAÇÃO DO BRASIL

Série especial do iG mostra por que os adolescentes perdem interesse pela escola, acabam desistindo ou não aprendem o que deveriam
Cinthia Rodrigues, iG São Paulo | 21/02/2011

Há duas avaliações possíveis em relação à educação brasileira em geral. Pode-se ressaltar os problemas apontados nos testes nacionais e a má colocação do País nos principais rankings internacionais ou olhar pelo lado positivo, de que o acesso à escola está perto da universalização e a comparação de índices de qualidade dos últimos anos aponta uma trajetória de melhora. Já sobre o ensino médio, não há opção: os dados de abandono são alarmantes e não há avanço na qualidade na última década. Para entender por que a maioria dos jovens brasileiros entra nesta etapa escolar, mas apenas metade permanece até o fim e uma pequena minoria realmente aprende o que deveria, o iG Educação apresenta esta semana uma série de reportagens sobre o fracasso do ensino médio.



O problema é antigo, mas torna-se mais grave e urgente. As tecnologias reduziram os postos de trabalho mecânicos e aumentaram a exigência mínima intelectual para os empregos. A chance de um jovem sem ensino médio ser excluído na sociedade atual é muito maior do que há uma década, por exemplo. “Meus pais só fizeram até a 5ª série, mas eram profissionais bem colocados no mercado. Hoje teriam pouquíssimas e péssimas chances”, resume Wanda Engel, superintendente do Instituto Unibanco, voltado para pesquisas educacionais.
Ao mesmo tempo, a abundância de jovens no País está com tempo contado, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O Brasil entrou em um momento único na história de cada País em que há mais adultos do que crianças e idosos. Os especialistas chamam o fenômeno de bônus demográfico, pelo benefício que traz para a economia. Para os educadores, isso significa que daqui para frente haverá menos crianças e adolescentes para educar.
“É agora ou nunca”, diz a doutoranda em Educação e presidente do Centro de Estudos e Memória da Juventude, Fabiana Costa. “A fase do ensino médio é crucial para ganhar ou perder a geração. Ali são apresentadas várias experiências aos adolescentes. Ele pode se tornar um ótimo cidadão pelas décadas de vida produtiva que tem pela frente ou cair na marginalidade”, afirma.
História desfavorável
O problema do ensino médio é mais grave do que o do fundamental porque até pouco tempo – e para muitos até agora – a etapa não era vista como essencial. A média de escolaridade dos adultos no Brasil ainda é de 7,8 anos e só em 2009 a constituição foi alterada para tornar obrigatórios 14 anos de estudo, somando aos nove do ensino fundamental, dois do infantil e três do médio. O prazo para a universalização dessa obrigatoriedade é 2016.
Por isso, governo, ONGs e acadêmicos ainda concentram os esforços nas crianças. A expectativa era de que os pequenos bem formados fizessem uma escola melhor quando chegassem à adolescência, mas a melhoria no fundamental não tem se refletido no médio.
Para o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, a questão envolve dinheiro. Quando o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) foi criado, em 1996, repassava a Estados e municípios verba conforme o número de matrículas só naquela etapa. “O dinheiro não era suficiente para investir em tudo e foi preciso escolher alguma coisa”, diz o especialista.
A correção foi feita em 2007, quando o “F “da sigla foi trocado por um “B”, de Educação Básica, e os repasses de verba passaram a valer também para o ensino médio. “Só que aí, as escolas para este público já estavam sucateadas”, lamenta Cara.
A diferença é percebida pelos estudantes. Douglas Henrique da Silva, de 16 anos, estudava na municipal Guiomar Cabral, em Pirituba, zona oeste de São Paulo, até o ano passado quando se formou no 9º ano. Conta que frequentava a sala de informática uma vez por semana e o laboratório de ciências pelo menos uma vez por mês.

Foto: Amana Salles/Fotoarena
À esquerda, escola municipal Guiomar Cabral e, em frente, a estadual Cândido Gomide em São Paulo: diferença que pode ser percebida por quem passa é maior para quem estuda

Em 2010, no 1º ano do ensino médio, conseguiu vaga na escola estadual Cândido Gomide, que fica exatamente em frente à anterior. Só pelos muros de uma e outra, qualquer pessoa que passa por ali já pode notar alguma diferença de estrutura, mas os colegas veteranos de Douglas contam que ele vai perceber na prática uma mudança maior.
“Aqui nunca usam os computadores e não tem laboratório de ciências”, afirma Wilton Garrido Medeiros, de 19 anos, que também estranhou a perda de equipamentos quando saiu de uma escola municipal de Guarulhos, onde estudou até 2009. Agora começa o 2º ano na estadual de Pirituba, desanimado: “Lá também tinha mais professor, aqui muitos faltam e ninguém se dedica.”
Até a disponibilidade de indicadores de qualidade do ensino médio é precária. Enquanto todos os alunos do fundamental são avaliados individualmente pela Prova Brasil desde 2005, o ensino médio continua sendo avaliado por amostragem, o que impossibilita a implantação e o acompanhamento de metas por escola e aluno e um bom planejamento do aprendizado.
A amostra, no entanto, é suficiente para produzir o Índice da Educação Básica (Ideb), em que a etapa é a que tem pior conceito das avaliadas pelo Ministério da Educação. Foi assim desde a primeira edição em 2005, quando o ensino médio ficou com nota 3,4; a 8ª série, 3,5; e a 4ª série, 3,8; em uma escala de zero a 10. Se no ensino fundamental ocorreu uma melhora e em 2009 o conceito subiu, respectivamente, para 4 e 4,6, os adolescentes do ensino médio não conseguiram passar de 3,6.
“A etapa falha na escolha do conteúdo, que não é atrativo para o estudante, e também não consegue êxito no ensino do que se propõe a ensinar”, diz Mateus Prado, presidente do Instituto Henfil e colunista do iG que escreverá artigos especialmente para esta série, que durante os próximos dias conduzirá o leitor a conhecer o tamanho do problema e refletir sobre possíveis soluções.
Acompanhe esta semana:
Terça-feira: Por que o adolescente perde o interesse pela escola?
Quarta-feira: O que significa a má qualidade indicada nos índices?
Quinta-feira: Falta o mínimo: professores qualificados
Sexta-feira: Iniciativas que podem mudar este quadro

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/ensino+medio+a+pior+etapa+da+educacao+do+brasil/n1238031482488.html/ em 22/02/2011 – 11:30hm

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

UM RESUMO SOBRE ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO DE FILOSOFIA

Uma das características mais importante da Filosofia é a multiplicidade de perspectivas, evitando imposições doutrinárias. Um currículo de Filosofia deve contemplar a diversidade sem desconsiderar o professor em suas posições, nem impedir que ele as defenda. A orientação geral de um currículo de filosofia pode tão somente ser filosófica, e não especificamente de uma linha filosófica ou de filosofias, mesmo que isso seja uma posição do professor. Por outro lado a filosofia condiciona o saber ou a busca do conhecimento ao questionamento como possibilidade de formação de uma consciência crítica, capaz de criar outros modos de pensar e ver a realidade.

IDENTIDADE DA FILOSOFIA

A filosofia está identificada pela historia da filosofia, não por uma parte, mas pelo seu todo diverso e articulado em cada momento histórico. Desde os primeiros filósofos até o momento, todos pensavam e pensam a realidade enquanto tal para dela extrair suas conclusões, pois todo conhecimento filosófico significa conhecimento da realidade enquanto tal na sua totalidade, articulado por uma capacidade de repensar as coisas para produção de novas idéias, aprofundando ainda mais o conhecimento sobre elas.

Cada filósofo tem sua particularidade na construção do pensamento filosófico, que se dar em diferentes contextos da história do homem e sempre procurará responder baseado nos conceitos pelos quais elabora seu pensamento. Sempre dependerá da opção por um modo determinado de filosofar que considere justificado. Portanto o caráter fundamental da filosofia está centrado na evolução histórica da própria filosofia, que procura responder em todas as fases da história do homem as questões mais intrigantes que o envolvem, e que pela dinâmica da história e pela realidade mutável das coisas torna essencial o pensar e necessário o repensar das coisas.
Amar a sabedoria é muito mais que “conhecer” as coisas, é extrair algo mais das coisas é repensar o pensado. O ensino de Filosofia não representa um conjunto de doutrinas, mas um desafio pela busca da essencialidade das coisas, daquilo que está implícito.
A história da Filosofia significa sobretudo a evolução do pensamento humano, de forma sistemática em cada momento da história da humanidade, isso é importante na construção do pensar pós-moderno ou contemporâneo. No entanto isso não significa pensar o pensado, mas repensar o pensado para construção de um pensar atual, contextualizado, sistemático como possibilidade de afirmação do homem que busca saber, que deseja conhecer como fizeram todos os que nos antecederam na construção da história da Filosofia.
No ensino de filosofia antes de qualquer coisa temos que falar em filosofia e não em filosofias, pois estas evidenciam tão somente a diversidade e complexidade dos modos e correntes filosóficas. É claro que quando tratamos de filosofia não podemos jamais fugir do que foi construído filosoficamente, nesse sentido o ensino deve possibilita uma visão sistemática da evolução da filosofia. Portanto temos que permitir ao aluno essa possibilidade de saber prioritariamente o que é filosofia e não filosofias, pois estas serão conhecidas naturalmente através do estudo da história da filosofia.
A atividade filosófica focaliza seu agir na reflexão como possibilidade de justificar a necessidade do questionar a natureza, e suas possíveis mutações. Assim o repensar a realidade é condição básica para o agir humano e a critica é a capacidade de não manter este repensar como algo absoluto ou inquestionável. Neste sentido tanto a capacidade natural de repensar a realidade como a crítica são elementos fundamentais para a construção de uma filosofia sistemática.
Cabe, então, especificamente a Filosofia a capacidade de análise, de reconstrução racional e de crítica, a partir da compreensão de que tomar posições diante de textos propostos de qualquer tipo (textos filosóficos ou não e formações discursivas não explicitadas em textos) e emitir opiniões acerca deles é um pressuposto indispensável para o exercício da cidadania.
É recomendável que a História da Filosofia e o texto filosófico tenham papel central no ensino da Filosofia, ainda que a perspectiva adotada pelo professor seja temática, não sendo excessivo reforçar a importância de se trabalhar com os textos propriamente filosóficos e primários, mesmo quando se dialoga com textos de outra natureza, literários e jornalísticos, por exemplo.

OBJETIVOS DA FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO

A Filosofia cumpre sua tarefa na formação, à medida que articula noções de modo bem mais duradouro que outros saberes, mais suscetíveis de serem afetados pelas inconstâncias das informações. Ela não pode ser um conjunto sem sentido de opiniões, um sem número de sistemas desconexos a serem guardados na cabeça do aluno que acabe por desencorajá-los.
Os conhecimentos de Filosofia devem ser para ele conhecimentos vivos e adquiridos como apóio para a vida, pois do contrário dificilmente teriam sentido para um jovem nessa fase de formação.
O Objetivo da disciplina não é apenas propiciar ao aluno um mero enriquecimento intelectual. Ela é parte de uma proposta de ensino que pretende desenvolver no aluno a capacidade para responder, lançando mão dos conhecimentos adquiridos, as questões advindas das mais variadas situações. Essa capacidade de resposta deve ultrapassar a mera repetição de informações adquiridas, mas, ao mesmo tempo, apoiar-se em conhecimentos prévios.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES EM FILOSOFIA

É a capacidade de criar, da curiosidade, de pensar múltiplas alternativas para a solução de um problema, ou seja, do desenvolvimento do pensamento crítico, da capacidade de trabalhar em equipe, da disposição para procurar e aceitar críticas, da disposição para o risco, de saber comunicar-se, da capacidade de buscar conhecimentos.
A Filosofia tem como tarefa especifica e fundamental, fazer o estudante chegar a uma competência discurso-filosófico. O desenvolvimento geral de competências comunicativas, o que implica um tipo de leitura, envolvendo capacidade de análise, de interpretação, de reconstrução racional e de crítica.
É imprescindível que o estudante do ensino médio tenha interiorizado um quadro mínimo de referências a partir da tradição filosófica, o que nos conduz a um programa de trabalho centrado primordialmente nos próprios textos dessa tradição, mesmo que não exclusivamente neles.
O papel do professor, ao desenvolver habilidades, não é incutir valores, doutrinar, mas sim “despertar os jovens para a reflexão filosófica, bem como transmitir aos alunos do ensino médio o legado da tradição e o gosto pelo pensamento inovador, crítico e independente”.

CONTÉUDOS DE FILOSOFIA

O ensino de filosofia não oferece uma seqüência de dados a serem decorados, mas condição suficiente para um desejo maior pelo saber, pelo conhecimento, e mesmo que se tenha que recorrer aos conteúdos histórico-filosóficos estes só terão sentido para a filosofia quando aplicados a reflexão. Por outro lado o caráter dinâmico da filosofia tende a conduzi-la para uma nova visão da realidade, pois não fica estática, parada ou presa aos modos de pensar já construídos anteriormente, mas diante de uma realidade mutável procura estabelecer novas linhas de pensamentos capaz de explicar a realidade atual e suas conseqüências.
Neste sentido a leitura dos textos filosóficos, a elaboração escrita de modo reflexivo, o debate de conteúdos e outros elementos que possam favorecer a capacidade crítica-filosófica são sempre elementos fundamentais para que tais conteúdos alcance seu maximo aproveitamento. É importante que os conteúdos e conhecimentos filosóficos estejam sempre articulados com diferentes outros conteúdos das ciências naturais e humanas, nas artes e nas produções culturais, além da necessidade contextualização dos mesmos.

“A Filosofia é teoria, visão crítica, trabalho do conceito, devendo ser preservada como tal e não como um somatório de idéias que o estudante deva decorar.” Portanto cabe ensinar Filosofia acompanhando ou, pelo menos, respeitando o movimento do pensar á luz de grandes obras, independentemente do autor ou da teoria escolhida

METODOLOGIA

A filosofia não diferente de outros campos de estudos tem sua peculiaridade, ou seja, seu conteúdo especifico, que deverá ser trabalhado. No entanto a concepção metodológica em filosofia está longe de ser aquela ideal, os fatores para isto são os mais variados, vão desde a ruptura do ensino de filosofia no Brasil até a indefinição dos conteúdos a serem aplicados em sala e o ensino por parte de profissionais que não tem formação na área. Muitos desses professores exerce o ensino de filosofia como mera aplicação de conteúdos sem levar em conta a atividade reflexiva que é elemento fundamental do ensino de filosofia. Tal limitação desvirtua o real papel do ensino de filosofia que é basicamente trabalhar a consciência crítica dos jovens em relação as suas próprias realidades político, cultural e social.
É difícil que um profissional que tenha formação em outra área possa exercer uma área que não seja aquela de sua formação, caso contrario por mais próxima que estejam estas áreas nunca terão competências para destinar os conteúdos ao foco daquela determinada área. Esse pode ser considerado um dos grandes problemas do ensino de filosofia no Brasil, mudança de foco e ausência da atividade reflexiva.
O ensino de filosofia tem uma característica da busca do novo, através de temas clássicos da filosofia, mas não apenas a repetição de conteúdos filosóficos anteriores a nossa contemporaneidade. Os clássicos e a história da filosofia é meio que conduz o estudante a uma construção racional sistemática, organizada além de oferecer elementos possíveis para uma visão critica e reflexiva da realidade. A construção racional será sempre algo orientado nunca imposto, porque somente através da atividade reflexiva o individuo tira suas conclusões de forma livre, contrariando ou aceitando de acordo com a capacidade de sua consciência crítica, não fugindo jamais do sentido primordial da filosofia.

Portanto o profissional de Filosofia poderá desenvolver projetos que torne a participação ativa, dialogada, formando no jovem a capacidade de interação com a realidade em sua totalidade e mais especificamente na relação com outras áreas do conhecimento, mas sem perder de vista o verdadeiro objeto de estudo da filosofia. Por outro lado não basta ser um bom profissional tem que saber relacionar os saberes com os diferentes contextos da filosofia, dos alunos, da escola e da sociedade. Desta forma o profissional de Filosofia não atenderá apenas o desejo de ministrar uma boa aula, mas de fazer essa boa aula acontecer, seja através da contextualização dos conteúdos, da socialização do conhecimento ou da atividade reflexiva, que interagindo com o contexto social de cada um possa dar sentido ao conhecimento filosófico e a consciência critica como elemento de transformação da sociedade.



Referencias:

MEC. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior.
Parecer CNE/CES n° 492/2001, aprovado em 3 de abril de 2001. Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Filosofia, História, Geografia, Serviço Social, Comunicação Social, Ciências Sociais, Letras, Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 de julho de 2001. Seção 1, p. 50.

Ciências humanas e suas tecnologias / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006.133 p. (Orientações curriculares para o ensino médio ; volume 3).

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O SER HUMANO NÃO PODE VIVER ISOLADO

O grande sonho do homem deveria ser, viver de tal forma a nunca ficar só e ter sempre ao seu redor, pessoas que necessitem do seu carinho e de sua palavra. A amizade constitui uma necessidade basilar na vida humana. Sempre desejamos, muito embora nem sempre conquistamos. Acolher o necessitado deve ser uma ação natural, da mesma forma que suprimos nossas necessidades fisiológicas também devemos alimentar nossas necessidades afetivas, e estas só acontecem por meio do acolhimento e do amor dispensado aos nossos semelhantes. Não existem ações desprovidas de desinteresse. A humanidade não alcançou este grau de perfeição. Mas é possível que existam por parte de algumas pessoas um agir desinteressado. São estas pessoas que abrem caminhos para um mundo melhor. A convivência humana é a experiência mais doce e significante que se possa experimentar, nela encontramos a possibilidade da interação, do aprendizado e sobretudo da tolerancia que nos conduz a uma convivencia pacifica. O perdão é outro elemento fundamental no agir humano, é através do perdão que encontramos a traquilidade necessária para superar os momentos mais difíceis e trágicos. Para os pais, o maior investimento é preparar adequadamente seus filhos para vida. Porque dinheiro nenhum pagará a sabedoria que alegremente implatamos no coração de nossos filhos. Avida é a maior e melhor escola que podemos ter, é nela que aprendemos ou não o valor da amizade e do respeito ao semelhante. O ser humano é naturalmente um ser social, que precisa de outros para viver e como tal é responsavel não só pelo seu bem estar mas pelo bem estar também de outros. Dessa forma somos responsáveis pelo que fazemos e pelo que deixamos de fazer, nossas responsabilidades vai além dos meros compromissos que a vida em sociedade possa nos impor.
Por isso temos quer ser ainda mais abertos e tolerantes, pois quanto maior for o numero de amigos, mais humana e bela será nossa vida.

Antonio Duarte

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

SAIBA TRANSFORMAR A PESQUISA DO TCC NO PRODUTO FINAL

Saiba transformar a pesquisa do TCC no produto final


Se estruturar toda a sustentação teórica de um TCC (trabalho de conclusão de curso) já é trabalhoso, tirar isso tudo do papel é tão laborioso quanto. Depois do processo de pesquisa, chega o momento de transformar conhecimentos em produto. Independentemente do formato ou do tema escolhido, o TCC deve aliar o conhecimento obtido durante a etapa de investigação com a criação de projetos que mostrem as opiniões e conclusões do aluno ou grupo.

"Todas as modalidades de TCC, independentemente do formato escolhido, precisam do processo investigativo para fundamentar teoricamente o produto final. O trabalho deve ser composto a partir de bases sólidas para aproximar o experimento das teorias aprendidas durante a graduação", explica Sérgio Arreguy, coordenador do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade FUMEC. Na opinião dele, teoria e prática são complementares para o processo de aprendizado.

Segundo Suzana Viegas, coordenadora do curso de Direito da UnB (Universidade de Brasília), para transmitir o conteúdo do trabalho, é necessário tomar como base autores que dominam o assunto a ser tratado e ao mesmo tempo desenvolver sua própria visão e conclusões sobre o tema. De acordo com ela, de nada adianta entregar um trabalho repleto de citações recolhidas durante a pesquisa. "Isso pode ser interpretado pela banca examinadora como plágio", alerta.

Para Orlando Strobel, diretor do curso de Engenharia Civil da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), transformar a pesquisa no trabalho é uma tarefa que ficará mais complicado a medida em que o estudante não conseguir se organizar. "Quando o aluno encontra dificuldades já para delimitar o projeto e realizar a pesquisa, fazer o trabalho final se torna ainda mais difícil", resume ele. Strobel acredita que a pré-banca é essencial para auxiliar os estudantes. "É comum o tema desviar durante a coleta de materiais. Os examinadores têm como corrigir o rumo para que o produto final esteja alinhado à proposta", declara ele.

Já Suzana opta por acompanhar o processo de redação do projeto desde a etapa de pesquisa. "Todo o material recolhido durante as investigações é avaliado pelo orientador, que define a pertinência. Dessa forma, quando chega o momento de redigir a monografia, o estudante sabe quais autores servirão de base e quais são secundários", afirma ela.

Para ajudar os alunos, Suzana recomenda fichar todos os livros e artigos da bibliografia do trabalho. "Isso facilita a organização das idéias a serem expostas em cada capítulo da monografia", sugere ela. A coordenadora diz que esses sumários podem ser mudados enquanto o trabalho é escrito, mas aposta nesse método como o melhor para que os estudantes não repitam informações ou deixem conteúdos importantes de lado.

Trabalho final

Para redigir o TCC sobre planejamento de carreiras, o grupo de Aline Marcolongo, graduada em Gestão em Recursos Humanos pela UNICID (Universidade Cidade de São Paulo), não encontrou muitos problemas. Ela acredita que o sucesso se deu, em parte, pelo auxílio recebido do orientador. "O professor nos indicou os melhores autores para a pesquisa", garante ela. Aline diz ter tomado workshops, livros e palestras sobre o tema estudado como base. "Entretanto, no momento de escrever o projeto final, juntamos toda a investigação e tiramos nossas próprias conclusões a partir das diversas opiniões e posicionamentos estudados. Usamos os autores para solidificar o conhecimento", declara ela.

A metodologia de Aline é aprovada por Denilson Marques, chefe de departamento da graduação em Administração da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). "Recomendo aos alunos identificarem o problema abordado, pesquisar autores com opiniões diferentes sobre o tópico e escolher a teoria que mais se aproxima da visão do grupo. Depois desse processo, é aconselhável procurar empresas para o estudo prático do tema e tirar as conclusões", diz ele.

Tal prática, de acordo com Marques, tem como objetivo consolidar a base teórica do trabalho. "Por isso a importância do uso de autores diversificados", explica ele. Entretanto, o chefe de departamento da graduação em Administração da UFPE lembra que não devem ser mencionados apenas pesquisadores com a mesma linha de pensamento do grupo. "Também é interessante usar opiniões divergentes, contanto que o grupo consiga explicar porque discorda da afirmação", explica.

No caso de trabalhos que tem produtos como objetivo final, Strobel lembra que, além do orientador, é importante procurar um docente que avalie a viabilidade econômica do projeto. "Não aceitamos estudos teóricos que não abordem a parte prática. Além das técnicas, avaliamos os conhecimentos de viabilidade econômica dos grupos porque, ao montar um projeto, é preciso que ele tenha chances de ser implantado na prática", diz ele.

Além da viabilidade, Arreguy destaca a importância da necessidade de estudar os nichos de mercado. "Da mesma forma que o mercado de trabalho exige prospecção e avaliação do aceite de clientes, exigimos o mesmo para os trabalhos de conclusão. Dessa maneira, o TCC contribui de forma plena para a formação do estudante", acrescenta.

Dicas para redigir seu TCC

- Fiche todos os artigos e livros lidos. Isso ajuda a organizar as principais idéias que devem constar no texto e não deixar nada de lado;

- Depois da leitura e confronto de todos os materiais recolhidos na etapa de pesquisa, tire suas próprias conclusões, sem abusar de citações;

- Fundamente suas opiniões teoricamente. O aluno só deve mostrar as próprias conclusões quando houver autores que as comprovem;

- Tenha o cuidado de creditar todas as citações para que o erro não seja interpretado como plágio;

- Avalie se o projeto tem viabilidade econômica e se há público consumidor.




Fonte: UNIVERSIA-BRASIL (com adaptações).

Os segredos da felicidade

Felicidade é um estado de espirito. É condição estabelecida não pelo meio em que vivemos, por mais conturbado que seja, mas pela capacidade que temos de superar os obstáculos pontuais da vida. Ainda que percorrecemos o mundo inteiro à procura da felicidade, não a encontraremos se não a levassemos dentro de nós. Ser feliz depende mais de cada um de nós do que dos outros. Então o que é que nos leva a quase sempre a atribuir aos outros a nossa incapacidade de ser feliz. Temos uma enorme dificuldade de aceitar nossos limites, nossas falhas, nossos erros, o outro é sempre o responsavel pela nossa infelicidade, de modo que sempre projetamos o nosso desejo de perfeição nos outros e não em nós, a ponto de outro só ser amigo quando me garante felicidade. A nossa felicidade não deve esta condicionada ao outro, mas sim a nós mesmos, muito embora deve esta ser compartilhada, ou seja, sociabilizada. Nós temos que nos reconhecer em nossas capacidades, mas sobretudo em nossas incapacidades, pois são nossas limitações que possibilitarão uma busca que nos leve a sermos seres melhores diante de nossas imperfeições. Somente uma pessoa modesta pode ser feliz, porque embora se dedique às pequenas coisas, por pequenas que sejam, vê sempre algo algo de grande, importante e belo. Na pequinez de nossas ações temos que superar a nós mesmos, aos nossos precoceitos se quisermos encontrar felicidade, o encontro com a felicidade é em primeira instância o encontro com nós mesmos, com o nosso eu da forma como ele realmente é, istó me parece bastante suficiente para perceber que a felicidade ou infelicidade está em primeiro lugar em nós e não nos outros. Portanto se quiser encontrar a felicidade não precisamos percorrer longos caminhos, ela se encontra bem perto de nós; precisamos tão somente abrir os olhos para vê-la nos minimos detalhes de nossa vida. É preciso olhar com o coração para ver mais longe e mais profundamente todas as coisas.
Como disse o Pe. Zezinho: "Ninguém nasce feliz ou infeliz, fica-se feliz ou infeliz..." a felicidade é uma conquista pessoal, conquiste a sua e o mundo será feliz com voçê. Atingir a felicidade não é um ato acidental; ela pode e deve ser construída por nós mesmos. Portanto o segredo de ser feliz está em nós, basta que aprendamos a falar conosco mesmo, aceitar-se tal como é realmente. Aqui me parece ser o primeiro e mais importante passo para vencer as complexidades, para ver a vida alegre e mais feliz.

Antonio Duarte

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Carroça vazia

Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:
- Além do cantar dos pássaros, você estar ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo o barulho de uma carroça.
- Isso mesmo, disse meu pai, é uma carroça vazia.
Perguntei ao meu pai:
- Como saber que a carroça esta vazia, se ainda não a vimos?
Ora, respondeu meu pai. É muito facil saber que uma carroça está vazia. Basta ouvir o barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior o barulho que ela faz.
Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o proximo com grossura inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar que é o dono da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo: "Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz". Pensem nisso.

Autor Desconhecido

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Cuidar do outro é cultivar a vida

Cuidar pode ter varios sentidos e significados. O mais importante é aquele que esta voltado para promoção e o bem-estar da pessoa humana. São os limites da vida humana que nos leva para a necessidade de deixar que alguém cuide de nós ou que nós cuide de alguém. Por horas esquecemos da finitude que permeia à concretude da vida humana, nestas horas até achamos que nunca vamos precisar do cuidado do outro e nos enganamos porque a propria vida se encarregará de mostrar o quanto necessitamos dos outros para continuar vivendo. Em geral cuidar consiste em contribuir de alguma forma para que o outro esteja bem e possa viver bem. Cuidar é dar vida, é regar, é cultivar é dar sentido a existência da vida humana. O cuidado nos leva a um esforço que ultrapassa nossa humanidade, nossa individualidade, nosso ser.
A palavra "cuidado" deriva do latim cura ou coera, que num contexto de uma relação de amizade denota uma atitude de preocupação com a pessoa que amamos. Mesmo em outros contextos cuidar vai significar uma atitude de desvelo, de atenção com o outro, como também pode significar reponsabilidade pelo outro, participes da vida do outro. Cuidar estar na essencia do ser, é a forma de ser útil, é o meio que encontramos para confirmar a existencia de nosso ser. É o cuidando que nos faz perceber a finitude da existencia humana, é vendo a pobreza e a necessidade do outro que também percebemos a nossa.
O desafio do cuidar é sobretudo a capacidade de curar, sem causar mais dores e sofrimento o que é quase inevitavel a quem se propõem a tarefa ardoa e necessaria de cuidar. No entanto a sublime tarefa de cuidar por sí só já concretizar o ser ai do do homem numa necessidade imperativa de seu proprio existir.