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quinta-feira, 14 de julho de 2011

A ESTIGMATIZAÇÃO DA LÍNGUA NA SOCIEDADE

Elenilza Maria de Araújo Sousa[1]

O preconceito da língua se prospera linearmente, posto que, a sociedade ao invés de tentar combatê-lo, alimenta-o normalmente, obedecendo muitas vezes, um sistema tradicional relacionado à homogeneidade.

Os professores de Língua Portuguesa na tentativa de acompanhar esse sistema só se preocupam apenas em transmitir conhecimentos relativos às regras prescritivas da gramática normativa, deixando de lado as variações que pluralizam a língua do indivíduo no meio social.

Em observância a isso, o presente artigo, visa fazer uma discursão acerca da estigmatização da língua na sociedade, sendo que servirá também como proposta à democratização ao ensino de língua materna.

Em relação ao exposto Bagno “[...] dizer que a língua apresenta variações significa dizer, então que ela é heterogênea” (2008, p. 25). Vale salientar então, que a língua portuguesa não é uma língua única, mas, diferentes linguagens que circulam no meio social.

Seguindo a mesma linha de raciocínio, Mollica esclarece que “todas as línguas apresentam um dinamismo inerente, o que significa que elas são heterogênea”[...] ( 2004, p. 09). Vale lembrar que essa heterogeneidade ocorre através dos mais diversos fenômenos, seja de natureza sintática, semântica ou até mesmo fonológica.

Conforme essa idéia, reforça-se que as várias linguagens presentes na sociedade em geral merecem uma maior atenção, tendo sempre o cuidado de explicitar que cada uma delas são internalizada de acordo com o ambiente em que o indivíduo se insere. Entretanto, se o indivíduo nunca frequentou a escola, seu modo de se expressar é diferenciado daquele que foi um frequentador assíduo.

Por isso é necessário haver cada vez mais uma forte tendência na luta contra o preconceito linguístico. Este está bem presente no dia a dia das pessoas e parece que a sociedade reforça-o com maior naturalidade.

Faz-se lembrar que os veículos de comunicação também têm sua colaboração na existência do preconceito, uma vez que ver em novelas, na TV, atores e atrizes representando exageradamente, um nordestino como uma pessoa “pobre”, “sem cultura”, vulgar, que só gera angústia, sofrimento, usando uma linguagem inexistente no nordeste, um modelo mal formulado.

Como postula Bagno “o preconceito linguístico fica bastante claro numa série de afirmações que já fazem parte da imagem (negativa) que o brasileiro tem de si mesmo e da língua falada por aqui” (1999, p.13 ).

A gramática normativa, com já se mencionou, também tem sua participação na estigmatização da língua portuguesa, principalmente na linguagem utilizada pela população mais carente, sendo que, todo indivíduo tem sua gramática natural, utilizada para interagir.

Algumas vezes, o professor na aula de Língua Portuguesa, ensina apenas as regras categóricas, rotuladas da gramática normativa sem se preocupar com a interação, tampouco em fazer uma reflexão relacionada à língua não-padrão, por exemplo. Se assim fosse, a relação entre professor e aluno tornar-se-ia de igual para igual, e a aprendizagem processar-se-ia com mais naturalidade.

Em complemento Votre sublinha que “há um consenso em que o professor de língua materna é o profissional encarregado de prescrever e controlar o domínio da norma, nas atividades de produção de texto e retextualização [...]” (2004, p. 52).

Outro fator colaborador do preconceito da língua está relacionado ao um mito que ainda se perpetua de que a freqüência ou não à escola é um diferencial principalmente no aspecto da linguagem, ou seja, só os freqüentadores dessa, como leitores assíduos são capazes de usar “plenamente” a língua. Como uma instituição delimitadora, a escola prescreve o que cada um pode ou não fazer. Então, a escola, assim como grande parte da sociedade, não se preocupa em tratar a questão do estigmatização da língua como algo que também merece ser observado com o objetivo de se concluir que as classes menos favorecidas estão sofrendo com isso.

Bagno argumenta que



É preciso, portanto, que a escola e todas as demais instituições voltadas para a educação e a cultura abandonem esse mito da “unidade” do português do Brasil e passem a reconhecer a verdadeira diversidade lingüística de nosso país para melhor planejarem suas políticas de ação junto à população amplamente marginalizada dos falantes da variação não padrão (1999, p.18).



Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa- PCNs (1998) reconhecem a existência das variantes lingüísticas, que devem ser aceitas tanto pelos professores como pela sociedade para que se possa proporcionar a democratização das linguagens existentes na sociedade, pois, não há um falar certo ou errado, o que existe são linguagens diferentes.

Um dos meios eficazes para o ensino de língua materna é incentivar o aluno a ter gosto pela leitura, conhecer vários gêneros textuais, com o intuito de ajudar o indivíduo a ter habilidade linguística. A função da escola, neste contexto, é explicar a diferença entre os diversos dialetos, enquanto a gramática normativa será um dos critérios complementares a ser ensinado para o aluno com a finalidade de produzir textos dissertativos, por exemplo, que ainda estão presentes em alguns exames de vestibulares, além de outros gêneros.

Travaglia explica que



Todavia, se acreditasse que em diferentes tipos de situações tem-se ou deve-se usar uma língua de modos variados não há porque, ao realizar as atividades de ensino/aprendizagem da língua materna, insistir no trabalho apenas com uma das variedades, a norma culta, discutindo apenas suas características e buscando apenas seu domínio em detrimento das outras formas de uso da língua que podem ser mais adequada a determinadas situações ( 2006, p. 41 ).





Vale salientar que a instituição escolar precisa se adequar aos variados tipos de linguagens, pluralizando desta forma, o ensino de língua materna, pois, como menciona o último autor, as diferentes formas de usar a língua, algumas vezes, funcionarão com um grau maior de naturalidade em várias situações de uso.

Assim, para que o professor não seja tachado de preconceituoso, ele precisa ser um “poliglota” de língua portuguesa (própria), isto é, conhecer as variações nos seus dialetos geográficos, sociais, em dimensão do sexo, etc. Como propõe Travaglia ( 2006), o professor também necessita ter uma certa competência comunicativa, ou seja, usar a língua de acordo com as diversas situações discursiva.

Desta forma, pode-se argumentar que a educação ainda é um privilégio para poucas pessoas neste país, enquanto uma parte da sociedade (elite) tem o domínio da norma de maior prestígio, isso se deve ao fato desta classe (elite) ter um maior poder econômico, outra parte da sociedade, a marginalizada, não tem acesso a uma educação de qualidade, porém, não quer dizer que esta não conheça a gramática e que não fale português. Esta classe discriminada, também tem sua gramática particular e fala português, um português não-padrão, pois, não se conhece uma teoria que diga que o português é uma língua única. Se houvesse, a maioria das pessoas seria chamada de “sem língua” (BAGNO, 1999).

O que se sabe é que a linguagem de quem não tem acesso à norma padrão é tida por alguns, como objeto de preconceito, servindo de chacotas e risos pelos conhecedores da gramática normativa. Sendo que, estes em um pequeno descuido, usam a norma não-padrão e não se dão conta disso. Vale inferir também, sobre as falhas referentes à gramática tradicional, e que alguns estudiosos da língua vêm se preocupando em fazer análises com ajuda de pesquisas.

Em um artigo na revista Discutindo Língua Portuguesa, Bagno afirma que “ o que se convencionou chamar de “língua” nas sociedades letradas é, na verdade, um produto social, artificial, que não corresponde aquilo que a língua geralmente é” ( 2008, p. 22 ).

Ao se falar em língua portuguesa, alguns afirmam “que é difícil”. Tal premissa é fruto de uma atitude discriminatória, posto que o português não está centrado nas regras paralisadas da gramática, pois, todo brasileiro nato sabe sua língua materna de forma clara e objetiva. A mesma premissa citada de que o português é muito difícil, acaba sendo “o terror” nas aulas de Língua Portuguesa, logo que se fala em aula de português, o aluno, imediatamente concebe as regras “rotuladas” da gramática normativa.

Em “Língua e liberdade” Luft discute uma maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna. A obsessão gramatical está bem presente nas aulas de Língua Portuguesa ( 1994). O que há é uma visão permanentemente distorcida relacionada ao ensinar escrever certo e falar da mesma forma. Isso são apenas “falácias”, pois, ninguém fala da mesma maneira que escreve, até mesmo porque a língua escrita não é capaz de traduzir as intenções pretendidas pelo leitor, no entanto na língua falada repetem-se muitos conectivos, palavras, para enfatizar o objetivo pretendido pelo falante.

Neste contexto, a palavra regra está usada como uma espécie de lei que dita, impõe, condena, portanto, o que é errado, já na perspectiva científica “ regra” é aquilo que expõe uma regularidade (BAGNO ,2008 ).

Alguns casos de preconceito se dão pelo próprio indivíduo, que muitas vezes, envergonha-se quanto ao seu modo de falar, comparando sua língua às de outros países, criticando, argumentando que só quem sabe falar português são as pessoas que moram nesses lugares, acreditando no mito de que o português de Portugal, por exemplo, é “certo” e que ser brasileiro significa não conhecer a língua portuguesa. O que existe neste caso, foi fruto de uma criação postulada pelas pessoas pertencentes à elite que se passa de geração em geração. Quando o indivíduo nasce, aprende a falar as primeiras palavras no cotidiano, junto com a família.

Pelos meados de 1921 o historiador e filólogo João Ribeiro apud Bagno dizia que





A nossa Gramática não pode ser a mesma dos portugueses. As diferenciações regionais reclamam o estilo e métodos diversos. A verdade é que, corrigindo-nos estamos de fato a mutilar idéias e sentimentos que nos são pessoais.Já não é a língua que apuramos, é o nosso espírito que sujeitamos a servilismo inexplicável.Falar diferente não é falar errado.A fisionomia dos filhos não é aberração teratológica da fisionomia paterna.Na linguagem como na natureza, não há igualdades absolutas; não há, pois,expressões diferentes que não correspondam também a idéias ou a sentimentos diferentes.Trocar um vocábulo, uma inflexão nossa por outra de Coimbra é alterar o valor de ambos a preço de uniformidades artificiosas e enganadoras (2001, p.164)





Situação parecida acontece com o português do Maranhão. Foi criada uma lenda e que se fortalece a cada dia de que as pessoas que lá habitam falam melhor o português. Sabe-se que todos os brasileiros como já foi dito, sabem usar o português do Brasil. Se por um lado os maranhenses usam expressões como: tu queres, tu botas, em outras regiões usa-se tu quer, tu bota. Isto não quer dizer estejam mais ou menos corretos. Além disso, o pronome “você” está bastante usado nas mesmas regiões. Isto implica dizer que a língua está evoluindo e que o pronome “tu” está quase em desuso na fala.

Outros casos de preconceito linguístico estão presentes na vida das pessoas com pouca ou nenhuma escolaridade. As palavras com variantes como: Craudia, chicrete, praca, broco, pranta (BAGNO, 1999), são inaceitáveis socialmente e os usuários dessas variantes são chamados de pessoas com “atraso mental”. Sabe-se que algumas palavras da língua portuguesa padrão, passaram por evoluções (rotacismo) palavras como: branco à português – padrão / blank à Germânico, porque se pensar que nomes como: chicrete, Craudia, broco e pranta, constitui um “defeito de fala ou atraso mental”? Por que o grande escritor Camões em seu livro “Os Lusíadas”, ao usar palavras como ingrês, pubricar, pranta, frauta e frecha não foi tachado de alguém com “defeito de fala”? É preciso analisar, porque se alguma linguagem existe deve ter seu motivo de uso.

No livro “A língua de Eulália,” Bagno (2000), a personagem Irene explica que algumas coisas que se pensa está “errada,” como alguns chamam de falas de pessoas ignorantes, na verdade se trata de heranças antigas, uma espécie de fósseis linguísticos, que se pode chamar de arcaísmos.

As pessoas de maior idade também sofrem bastante com o preconceito da língua, por usarem, falares “arcaicos”, ditos por alguns como “falares fora de moda”. Ora, todas as línguas evoluem, pois não estão paradas, se movimentam , passam por mudanças. Melhor fazer uma análise histórica para depois entender a linguagem das pessoas mais velhas e aprender respeitar a gramática delas.

A educação escolar, como um processo educativo, necessita de mudanças, para isso, é necessário entender que a língua não é um “igapó”, a beira do rio e sim um rio grande, largo, longo Bagno (1999). Os educadores deverão navegar nesse rio para entender que o preconceito referente a língua deverá ser combatido, desta forma, haverá mudanças positivas neste país, que já enfrenta vários casos de preconceito.





REFERÊNCIAS

BAGNO, Marcos. Preconceito Lingüístico: O que é como se faz. 9 ed. São Paulo: Loyola, 1999.

______ A língua de Eulália. Novela Sociolingüística. São Paulo: Contexto, 1997.

______ Pesquisa na escola: O que é e como se faz. 2 ed. São Paulo: Loyola, 1999.

______. PORTUGUÊS OU BRASILEIRO? Um convite à pesquisa. São Paulo: Parábola Editorial, 2001.

DISCUTINDINDO LÍNGUA PORTUGUESA. São Paulo: Escala Educacional, ano 2, n 10, 2008.

LUFT, Celso Pedro. Língua e liberdade. 3 ed. São Paulo: Ática, 1994.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua portuguesa, Brasília, Secretaria de Educação Fundamental, 1998.

MOLLICA, Maria Cecília; BRAGA, Maria Luiza (Orgs.). Introdução à sociolingüística: o tratamento da variação. São Paulo: Contexto, 2004.

TERRA, Ernani. Linguagem, língua e fala. São Paulo: Scipione, 1997.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática. 11 ed. São Paulo: Cortez, 2006.

VOTRE, Sebastião Josué. Relevância da variável escolaridade. Apud MOLLICA, Maria Cecília; BRAGA, Maria Luiza (Orgs.). Introdução à sociolingüística: o tratamento da variação. São Paulo: Contexto, 2004.





[1] Aluna do curso de acesso ao Mestrado em Ciências da Educação pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa- FORUM, Professora do Departamento de Letras da Universidade Estadual do Piauí-UESPI. E-mail- elenilza10@hotmail.com

terça-feira, 5 de julho de 2011

FAMILIA VICENTINA NA OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES

Família Vicentina
Família Vicentina Internacional
Adital

A Família Vicentina do Brasil esteve reunida em Goiânia (GO), de 22 a 26 de junho de 2011, para o seu XII Encontro Nacional. Éramos 71 participantes, provenientes das cinco regiões de nosso país, representando os mais de 260.000 membros das 10 congregações, movimentos e associações a que pertencemos.

Família Vicentina, pelos pobres do mundo, no mundo dos pobres. Esse tema evidencia o sentido e o alcance de nossa identidade vicentina. Somos uma grande família espiritual e missionária, que encontra em São Vicente de Paulo sua fonte de inspiração na vivência dos valores cristãos, particularmente da caridade compassiva e operosa para com os pobres, atuando no sentido de integrar evangelização e promoção humana. Pelos pobres do mundo, empenhamos nossas vidas, habilidades e recursos, movidos por nossa irrevogável opção pelos excluídos, opção que se desdobra da vocação que recebemos de Deus. No mundo dos pobres, reconhecemos o espaço próprio de nossa atuação e o lugar a partir do qual analisamos a realidade em que estamos inseridos. Neste evento, fomos iluminados pela narrativa do encontro de Jesus com o cego Bartimeu (cf. Mc 10,46-52).

Lançamos um olhar sobre a realidade, analisando a conjuntura sócio-eclesial, a partir dos pobres. Como Jesus, ainda que em meio a uma grande multidão, precisamos manter os olhos abertos para a situação daqueles que estão sentados à beira do caminho, a fim de conhecer seus dramas, identificar suas carências e infundir-lhes esperança. Precisamos também de ouvidos atentos aos gritos insistentes daqueles que estão mendigando, implorando compaixão e solidariedade, acomodados sob o manto da dependência, imobilizados pelo desprezo, calados pelas injustiças, sufocados, enfim, pela marginalização a que são submetidos. Ao considerar os problemas que afetam a sociedade contemporânea, não podemos nos contentar com um olhar superficial, dispersivo e generalizante, nem com uma escuta distraída, ocasional e apressada. Se, por força do carisma, centramos nosso coração nos pobres, nossa atenção e nossa solicitude deverão se dirigir também a eles. Nossa preocupação consistiu, portanto, em identificar, com lucidez, esperança e vigor, os impactos da cultura, da política e da economia sobre a trajetória dos pobres. A lei do mercado domina a sociedade, a globalização neoliberal acirra o estridente contraste entre ricos insensíveis e pobres necessitados de tudo, o fundamentalismo religioso mina as bases do diálogo e da cooperação em favor de um ethos mundial. Por outro lado, vemos florescer iniciativas promissoras em vista da construção de um outro mundo possível, como, por exemplo, os Fóruns Sociais, realizados nos mais diversos níveis, arregimentando organismos comprometidos com a transformação da realidade. No interior de nossa Igreja, assistimos o enfraquecimento da densidade profética da opção pelos pobres, nem sempre assumida como exigência intrínseca de nossa fé cristológica. Renovamos o nosso compromisso com a construção de uma Igreja-Povo de Deus, sacramento do Reino e servidora da humanidade, onde os leigos e leigas tenham sua cidadania assegurada e estimulada.

Em seguida, voltamos às fontes do Evangelho e da experiência de São Vicente para haurir luzes e inspirações para nossa caminhada junto aos pobres. Antes de tomar qualquer iniciativa, Jesus sempre demonstrava grande respeito pela dignidade e pela autonomia das pessoas que tinha diante de si. A Família Vicentina tem sido chamada, com maior insistência nos últimos anos, a ouvir os pobres e a promover o seu protagonismo na caridade(promoção humana e social) e na missão(evangelização e pastoral) para encontrar caminhos novos na tarefa de transformar as estruturas que os mantém encobertos pelo manto da indigência, sentados à beira do caminho, com o seu grito sufocado. Renovamos o nosso compromisso de aproximação em relação ao mundo dos pobres, deixando-nos evangelizar por eles e criando laços de amizade e cooperação com aqueles aos quais servimos. Para isso, haveremos de promover a integração entre os nossos Ramos, unindo nossas forças e qualificando nossa presença e atuação.

À luz das reflexões tecidas neste Encontro, pudemos apontar algumas pistas de ação para os nossos Ramos e para toda a Família Vicentina do Brasil. A pedagogia de Jesus é a da liberdade do amor, que convoca ao seguimento, restitui a dignidade, compromete a pessoa, soergue do desprezo e fortalece para o caminho. São Vicente, por sua vez, convida-nos a enternecer os nossos corações e a torná-los sensíveis aos clamores dos pobres. Por isso, renovamos nossa adesão ao discipulado de Cristo, evangelizador e servidor dos pobres, e comprometemo-nos a descobrir formas criativas e audaciosas de intervenção nas mais diferentes realidades, a fim de demonstrar, na itinerância da caridade e da missão, a relevância e a beleza do carisma que nos foi comunicado.

A Família Vicentina do Brasil



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